As vezes penso que a vida é um grande campo de batalha no qual estamos sempre sujeitos a ser surpreendidos e atacados. Esse ataque é feito por “armas” diferentes, que não tem como objetivo eliminar o individuo, mas modifica-lo para sempre. Refiro-me a decepções, tristezas, traições… Armas que não afetam um órgão ou um ponto especifico, mas você por inteiro, seu coração, sua vida, seu jeito de ser e de pensar.
Não temos como nos defender, não fomos preparados pra isso. Diferente dos jovens espartanos, não recebemos instruções de como ser forte e resistente, pelo contrario, ouvimos histórias de amor, amizade e felizes para sempre. Mas, com o tempo, conforme a frequência de ataques, nos vemos forçados a encarar a dor e retirar o maior aprendizado possível.
Vocês devem estar se perguntando aonde quero chegar, o porque de estar escrevendo sobre isso. Bem, hoje eu fui duplamente “bombardeada”. Sofri a tristeza de uma perda ao mesmo tempo que me decepcionei, novamente, com alguém que já amei. E o que isso me proporcionou? Aprendizado e mudança.
Aprendi que o tempo passa depressa, que as histórias nem sempre tem finais felizes, pelo menos não pra quem fica aqui na terra, e que amanhã ou depois quem eu amo pode estar partindo. Então, é necessário aproveitar e valorizar o hoje.
Mudei. A perda não é uma opção, a morte faz parte da natureza humana, mas sofrer pelo que não se merece, não faz. No campo da vida você está sujeito a ataques, mas há a opção de ser um alvo fácil ou não, e eu cansei de ficar exposta. Mudei meu jeito de pensar, cansei de sofrer, é hora de fazer a mala de sentimentos ruins e jogar fora, para que uma nova bagagem possa entrar.
Para terminar, acredito que todos esses momentos difíceis e dolorosos são os de maior aprendizado, afinal, como saberíamos o real valor dos momentos bons se não passássemos por momentos assim?